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Se você é produtor rural, certamente está sempre em busca de soluções que tragam mais produtividade para a sua lavoura. E a adubação com boro pode ser uma delas!
O boro é um micronutriente essencial, que ajuda a planta a formar suas membranas e grãos.
Mas como aplicar boro no solo? Qual é a quantidade ideal? Para ajudar você a sanar essas e outras dúvidas, nós produzimos este artigo!
Índice
O boro é um elemento químico encontrado no grupo 13 da tabela periódica. Ele é um metal de coloração preta e constitui cerca de 0,001% da crosta terrestre.
Boro é um termo que tem origem na língua árabe e persa, extraída das palavras buraq e burah, um elemento usado desde a antiguidade por diferentes civilizações como os chineses, egípcios e babilônios.
No século III, os chineses fabricavam vidros temperados com bórax. Além disso, há registros de que esse elemento foi levado para a Itália, no século XIII.
Contudo, a utilização do boro como metalóide só ocorreu depois de diversas experiências feitas por cientistas, como Joseph Louis Gay-Lussac, Humphry Davy e Louis Jacques Thénard, em 1808, que desenvolveram uma versão impura do elemento, chamada boracium, ao reduzir o ácido bórico com potássio.
Em 1824, ele foi classificado como elemento químico, mas só foi em 1909, que obteve a pureza do elemento quando Ezekiel Weintraub usou uma reação entre cloreto de boro vaporizado (BCl₃) e hidrogênio, marcando a primeira obtenção isolada da substância.
Essa substância não é encontrada na natureza em sua forma pura, estando sempre associada a outros minerais e compostos.
Atualmente, há mais de 150 substâncias conhecidas que possuem essa substância, normalmente combinada com outros elementos, como cálcio, magnésio e sódio.
O boro pode ser encontrado em regiões com alta atividade vulcânica, onde existem minerais como bórax, kernita, ulexita e colemanita, como Turquia e no Deserto de Mojave, na Califórnia.
O boro é um elemento semicondutor e, além de ser usado como adubo para plantações, também serve de matéria-prima para a fabricação de vidros especiais. Na tabela periódica, é representado pela letra B, tem número atômico 5 e massa atômica 10,811 u.
O seu ponto de fusão é 2180 °C e o de ebulição, 3387 °C; ou seja, na natureza ele só é encontrado em sua forma sólida.
O boro é um ametal que, apesar de quebradiço, é considerado um composto duro. Na escala Mohs de dureza, ele tem valor de 9,3, bem próximo ao limite máximo, que é 10.
Em condições ambientais, o boro é inerte. Já em altas temperaturas, reage com a maioria dos metais e ametais e com amônia.
As principais fontes de boro são o bórax e a kernita.
Lendo até aqui, você já conheceu duas aplicações do boro: como adubo para plantações e como matéria-prima na fabricação de vidros especiais, como o Pyrex.
Além disso, o elemento também é utilizado em lentes ópticas, na confecção de tecidos e madeiras à prova de fogo, em antissépticos e germicidas. Na indústria, ele é misturado ao aço para fazer com que ele tenha maior temperabilidade.
O boro é um micronutriente fundamental para as plantas, pois atua em uma série de processos que são muito importantes para a sua saúde:
Por isso, o boro é essencial para o crescimento de todas as plantas e a sua deficiência pode resultar em muitas alterações, tanto anatômicas como bioquímicas e fisiológicas.
O boro é absorvido naturalmente pelas raízes das plantas, geralmente na forma de ácido bórico (H3BO3), pois essa é a sua forma mais solúvel.
No entanto, quando essa substância está em falta no solo, a plantação começa a sofrer os sintomas da deficiência do micronutriente.
O sintoma mais comum é a paralisia dos meristemas apicais, mas outras modificações também podem indicar a falta de boro:
As principais plantas que sofrem com deficiência de boro são algodão, uva, milho, cana-de-açúcar, morango, leguminosas e frutas cítricas, como laranja e limão.
Portanto, se você produz algum desses alimentos, é preciso estar sempre de olho nos sintomas e tentar fazer o diagnóstico precoce da deficiência.
Esse diagnóstico pode ser feito pela análise de micronutrientes do solo ou do tecido foliar.
Plantas com excesso ou toxidez de boro apresentam os seguintes sintomas:
A mobilidade do boro pode variar de acordo com as espécies e o tempo de deficiência do nutriente.
Dependendo da planta, esse componente se instala nos tecidos e não se redistribui, o que pode comprometer o crescimento e até levar à morte das gemas apicais.
A presença de boro no solo contribui para uma melhor absorção de potássio pelas plantas, maximizando seu aproveitamento.
Quando esse componente está em níveis adequados, a sua captação ocorre de forma mais eficiente, trazendo inúmeros benefícios para o desenvolvimento das culturas.
O pH dos solos exerce alta influência na disponibilidade do boro, sendo que em solos muito ácidos, sua adsorção ao alumínio é menor, enquanto em pH alto, ele se associa ao cálcio.
O alto uso de calcário e fertilizantes fosfatados pode comprometer ainda mais a deficiência desse componente.
Como a disponibilidade do boro é limitado, sua aplicação deve ser anual, uma vez que pode ser armazenado no solo sem risco de toxidez.
Há muitos fatores que impactam a disponibilidade do boro no solo. Selecionamos alguns deles, confira:
Para adubar as plantas com boro, é preciso adotar práticas essenciais para garantir a eficiência e qualidade da substância. Confira quais são elas:
O boro tem uma atuação diferente dependendo do tipo de cultura. Entenda como ele funciona nas mais diferentes plantas:
Os micronutrientes, como é o caso do boro, são exigidos em menores quantidades pelas plantas quando comparados aos macronutrientes, como o nitrogênio. Mesmo assim, eles são essenciais e precisam ser repostos.
Nos solos brasileiros, os valores de boro podem variar de 20 a 200 ppm — mas somente de 0,4 a 5 ppm estão disponíveis para as plantas. A absorção se intensifica no início da fase reprodutiva, quando ocorre a formação das estruturas necessárias para essa etapa.
As plantas têm diferentes graus de resposta para a adubação com boro. Por isso, é preciso fazer análises completas antes de fazer esse investimento, para ter certeza de que será vantajoso.
De modo geral, leguminosas e hortaliças têm bons resultados — o que não costuma acontecer com o milho, a uva e o cacau.
Para culturas altamente responsivas, é indicado aplicar 3 kg/ha. Já para culturas menos responsivas, o volume da aplicação pode variar de 0,5 a 1 kg/ha.
O boro pode ser aplicado nas plantas de duas formas: via solo e via foliar. Normalmente, as plantas respondem melhor a aplicações via solo, em forma de adubação, quando as doses de voto no solo estão baixas ou médias — ou seja, com menos de 0,60 mg/dm³.
No entanto, em algumas culturas específicas, como o café, a aplicação via foliar é mais interessante pelo fato de a cultura ser perene.
Um cuidado importante para se ter na aplicação foliar é a frequência do fornecimento de boro à planta, que deve ser feito com maior frequência.
Como você viu, para aplicar o boro corretamente na sua plantação é preciso ter muitas informações sobre cada cultura.
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