A principal utilização da brachiaria no agronegócio é a alimentação do gado. Porém, essa gramínea forrageira tem muitas outras utilidades na lavoura, sendo utilizada até para aumentar a produtividade para outras culturas.
Neste artigo, você vai saber mais sobre a brachiaria, o que é, conhecer as principais espécies e suas características e conhecer as melhores práticas para o seu manejo. Boa leitura!
Índice
A brachiaria ou braquiária é uma planta forrageira originária da África. Ela é uma espécie de capim muito utilizada na alimentação do gado, como falamos, mas com outras utilidades importantes para o agronegócio.
A brachiaria ajuda a melhorar a saúde do solo e no desenvolvimento de algumas culturas, como é o caso do milho e do café, ambas muito presentes no Brasil.
Essas são algumas vantagens de utilizar as brachiarias na lavoura:
Conheça, a seguir, os principais tipos de braquiária encontrados no Brasil e as suas principais características!
As folhas da Brachiaria humidicola são estreitas e rígidas. Essa espécie é muito eficiente na proteção do solo, principalmente contra a erosão, pois produz uma grande quantidade de estolões que se enraízam.
Também chamada de quicuio-da-amazonia, ela se adapta bem às condições ambientais do Norte e Nordeste do país, mas também é bastante utilizada no pantanal.
Uma de suas principais características é que ela é uma espécie híbrida, capaz de passar grande parte do ano debaixo d’água; por isso, se adapta bem em solos mal drenados e inundações.
A braquiária conhecida como Basilisk é a mais difundida no Brasil e estima-se que ela ocupe 50% das pastagens de brachiaria no país.
Ela é recomendada para topografias acidentadas, pois tem a capacidade de se enraizar facilmente e proporcionar uma excelente cobertura vegetal do solo, protegendo-o contra a erosão.
Quando comparada às demais espécies, a decumbens é a mais tolerante à seca e também ao sombreamento. Ela se desenvolve durante toda a estação de crescimento e produz grande quantidade de sementes.
Essa é a espécie que tem maior aceitação entre os bovinos, além de maior valor nutritivo. Por isso, é indicada para a engorda ou recria de animais.
A sua produção se concentra no período de chuvas e ela é bem menos produtiva na época de seca. Além disso, ela necessita que o solo tenha alta fertilidade para se reproduzir, sendo a mais exigente das espécies de braquiárias nesse sentido.
A Brachiaria brizantha possui hábitos de crescimento diferentes das demais espécies, pois cresce ereta e sem-ereta. Além disso, possui pouco enraizamento e floresce durante a sua época de crescimento.
Uma das suas principais características é a resistência à cigarrinha-das-pastagens, uma praga comum às demais – por isso, é a melhor opção para ecossistemas com ocorrência severa dos insetos.
A Brachiaria brizantha é também a mais indicada para ser consorciada com leguminosas e plantada em áreas com declive, pois controla bem a erosão.
As brachiarias são usadas no Brasil desde as décadas de 1950 e, hoje, são as principais plantas forrageiras utilizadas em território nacional.
A sua introdução no agronegócio brasileiro foi responsável por intensificar a bovinocultura de corte, uma das maiores atividades econômicas do país atualmente.
O crescimento da pecuária fez com que o Brasil se tornasse um dos maiores produtores de carne bovina do mundo – respondendo por 17% da produção mundial de carne bovina, com um rebanho de mais de 1 bilhão de cabeças.
As braquiárias, como você já sabe, tem muitas utilizações em uma propriedade rural. A principal delas é a alimentação do gado, mas as plantas também são utilizadas para outras coisas.
Os principais exemplos são a produção de palhada, proteção contra a erosão, forragem, diminuição da incidência de plantas invasoras, controle do mofo branco e melhora nas propriedades do solo.
O manejo da brachiaria deve ser feito seguindo as especificidades de cada espécie. Confira algumas práticas:
O superpastejo não é recomendado, assim como a formação de extensas áreas de pastagens com esta única espécie;
Cada uma das espécies de brachiaria tem seus cultivares. Alguns mais consolidados, outros menos. A B. brizantha é a que tem os mais bem consolidados, que são o Marandu (chamado também de Braquiarão), Piatã e Xaraés.
Já a B. decumbens tem o cultivar Basilisk, importado da Austrália. A espécie humidicola tem os cultivares Lianero, Comum e Tupi. E a B. ruziziensis tem dois principais cultivares: o Kennedy e o Mulato 2, que é um híbrido entre a B. ruziziensis e a B. decumbens.
O cultivo de brachiaria é importante e vantajoso para o produtor, seja de gado ou de grãos — neste último caso, as braquiárias vêm sendo cada vez mais utilizadas.
Para fazer a escolha da espécie ideal, o primeiro passo é definir a sua principal utilização (palhada, alimento ou proteção do solo).
Depois, é necessário estudar as condições ambientais da sua propriedade e as especificidades de cada planta. Assim, poderá fazer a melhor escolha e usufruir de todos os benefícios que as brachiarias oferecem aos produtores!
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