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O êxodo rural, ou a migração de pessoas do campo para a cidade, é um fenômeno que acontece no Brasil desde a década de 1930 e, desde então, traz consequências tanto para a produção rural como para os centros urbanos.
Neste artigo, vamos falar mais sobre o fenômeno, explicitando as suas causas, consequências e impactos para o agronegócio. Continue lendo!
O êxodo rural é o deslocamento de populações da zona rural em direção a grandes centros urbanos. Geralmente, a migração é motivada pela busca por melhor qualidade de vida.
Como você já sabe, esse fenômeno surgiu no Brasil a partir de 1930, com o início da industrialização do país. No entanto, o movimento ganhou força 20 anos depois, com a chegada de novos setores produtivos no Brasil.
Em 1970, o Brasil já era considerado um país urbanizado, com 55,98% da sua população vivendo nas cidades. Esse número subiu para 67,7% na década de 1980 e, hoje, chega a 85%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Existem diversos fatores que causam o êxodo rural. Eles podem estar atrelados tanto à reestruturação da sociedade como à conjuntura econômica ou até mesmo às condicionantes naturais, como as secas severas.
A principal causa do êxodo rural no Brasil é a modernização do processo produtivo nas propriedades. Com a Revolução Verde, na metade do século XX, muitas teologias foram incorporadas às cadeias produtivas e isso transformou o perfil da mão-de-obra requisitado pelos produtores. Eles passaram a exigir mais qualificação e, além disso, algumas atividades passaram a ser realizadas pelo maquinário.
Outra causa para o êxodo rural é a concentração fundiária, considerada um dos problemas estruturais mais antigos do país. A concentração fundiária acontece quando um volume muito grande de terra pertence a poucas pessoas.
Normalmente, essas terras são voltadas para a monocultura e exportação. com isso, pequenos e médios produtores não conseguem tornar suas propriedades competitivas e acabam se mudando para as cidades em busca de qualidade de vida.
Além da questão financeira, as pessoas que praticam o êxodo rural estão em busca de melhor acesso a serviços básicos, como saneamento e saúde.
A emigração de pessoas do campo para as cidades causa impactos tanto nos centros urbanos como na zona rural.
Nas cidades, o principal impacto é o desemprego, visto que não há demanda de trabalho para tantas pessoas e quem chega do campo nem sempre tem as qualificações necessárias para conseguir boas colocações no mercado de trabalho.
Por isso, essas pessoas se sujeitam a trabalhar sem vínculos empregatícios e sem receber remuneração adequada, elevando os índices de subemprego e aumentando a desigualdade social.
No campo, a principal consequência do êxodo rural é o esvaziamento populacional, ou seja, a diminuição considerável da população. Esse esvaziamento intensifica ainda mais a concentração fundiária, por causa da aquisição das terras que foram deixadas pelos imigrantes.
O período mais intenso do êxodo rural no Brasil aconteceu entre os anos de 1950 a 1970. Nesse período, a taxa de crescimento urbano passou de 3,91% para 5,22% ao ano. Esse foi o valor mais elevado desde 1950 até 2000.
Nesse mesmo período, a taxa de crescimento da zona rural decaiu. Na década de 1980, ela chegou a atingir patamares negativos, com -0,62% de crescimento.
O êxodo rural começou a perder força no início dos anos 2000. É o que aponta o Censo Demográfico de 2010, que indicou que, naquela época, a taxa de migração do campo para as cidades era de 0,65%.
A diminuição do êxodo rural no Brasil se deve a uma série de fatores. Uma delas é a criação de novas tecnologias agrícolas, que trazem inteligência para o trabalho rural. Com isso, a demanda por profissionais qualificados aumentou.
Outro ponto importante é a profissionalização dos jovens agricultores, que hoje têm acesso mais fácil a cursos de formação técnica e superior. Aumentou também a oferta de cursos profissionalizantes e, hoje, muitas pessoas nascidas no campo têm vontade de estudar a e aplicar seus conhecimentos nas propriedades da família.
Por fim, não podemos deixar de falar sobre os programas sociais do governo voltados para pequenos produtores, que tornaram a vida no campo mais fácil. Com isso, muitos deixaram de precisar se deslocar até os centros urbanos buscando emprego, renda e acesso a serviços básicos.
Nas décadas passadas, um dos principais desafios enfrentados pelos produtores rurais por causa do êxodo rural era a incerteza sobre o futuro dos negócios, já que enfrentavam o esvaziamento populacional.
Hoje em dia, o êxodo rural, por estar diminuído, causa pouco impacto no agronegócio. Isso acontece principalmente pela evolução da tecnologia no campo, da agricultura 4.0 e agricultura de precisão. As evoluções tecnológicas têm chamado atenção dos jovens e exigido mais conhecimentos dos gestores de fazendas.
Atualmente, já se observa muitos jovens deixando o campo para estudar e voltando para casa com conhecimentos em tecnologia e gestão para aplicar nas propriedades.
O êxodo rural tende a ser um fenômeno cada vez menos significativo, principalmente porque a agropecuária é uma atividade essencial para a economia e vem recebendo muitos incentivos do governo e da iniciativa privada.
Um dos avanços que a tecnologia trouxe para o campo é a possibilidade de armazenar e organizar informações sobre o negócio em um só lugar, utilizando softwares de gestão de fazenda.
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