O sorgo é o quinto cereal mais produzido do mundo — atrás apenas do trigo, arroz, milho e cevada. No Brasil, o sorgo vem ganhando espaço nos últimos anos, principalmente como alternativa de plantio de safrinha ou segunda safra.
Por sua fácil adaptação e facilidade de produção mesmo em ambientes menos favoráveis, ele tem representado um bom investimento para os produtores rurais.
Neste artigo, você vai conhecer melhor os sorgo e os seus principais tipos.
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Índice
O sorgo é uma planta que tem origem na África e parte da Ásia. Nos países em desenvolvimento, ele é muito utilizado na alimentação humana, servindo como ingrediente para a produção de farinha e pães.
Nos países mais desenvolvidos, a sua principal utilização é na alimentação de animais.
No Brasil, a cultura do sorgo começou a se expandir na década de 1970, em estados como Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia e Paraná.
O sorgo é um cereal classificado em 5 grupos: granífero, sacarino, forrageiro, vassoura e biomassa. Saiba mais sobre cada um deles!
O sorgo granífero é o tipo mais comum, sendo ele a ocupar a posição de quinto cereal mais produzido do mundo.
A sua planta tem porte baixo, com uma panícula na extremidade superior, onde ficam os grãos. Após a colheita, as plantas são usadas como feno ou incorporadas ao solo.
O sorgo sacarino, por sua vez, tem plantas de porte alto. Ao contrário do sogro granífero, esse tipo de sorgo não produz muitas sementes e, por isso, é mais utilizado para silagem ou produção de açúcar e álcool.
O forrageiro, assim como o sacarino, é uma planta de porte alto e pode chegar a mais de dois metros de altura.
Aqui no Brasil, se adapta melhor no agreste e sertão de Alagoas, além de regiões similares. Ele é utilizado para pastejo, como alimento para gado e cobertura morta.
O vassoura tem esse nome porque a sua principal utilização é na fabricação desse objeto, principalmente no Rio Grande do Sul. A sua característica mais marcante é a panícula em forma de vassoura.
As outras partes costumam ser utilizadas para alimentação animal.
O biomassa tem como principal utilização a produção de energia, pois tem poder calorífico similar ao da cana-de-açúcar. As plantas são utilizadas em usinas termelétricas e em indústrias que utilizam caldeiras para gerar energia para consumo próprio.
Para que a cultura do sorgo seja bem-sucedida, o produtor precisa se atentar a alguns pontos, sobre os quais falaremos a seguir.
Ele é uma planta tolerante a temperaturas altas e clima seco. No entanto, caso haja déficit hídrico, sua taxa de crescimento diminui.
Para que cresça saudável, a planta precisa de temperaturas médias acima de 18°C, mas o ideal é que seja cultivada entre 26°C e 30°C.
Em relação à disponibilidade de água, existem dois períodos críticos — um deles é logo após o plantio e, o outro, durante a fase de floração.
A época de plantio depende se o cultivo vai ser de verão ou de safrinha. Para o verão, a semeadura deve ser realizada no período chuvoso e, na safrinha, deve ser realizado logo após a colheita da safra normal.
A semente é pequena e, por isso, o plantio deve ser feito superficialmente, a uma profundidade máxima de 5 cm. Além disso, é fundamental preparar o solo para facilitar o crescimento da planta.
O solo para a cultura do sorgo deve ter boa porosidade para facilitar a infiltração de água e o desenvolvimento das raízes. A sua preparação vai depender do sistema de plantio.
Para o sistema convencional de cultivo, o mais indicado é realizar aração e gradagens, para quebrar os torrões e incorporar calcário.
Já para o plantio direto não há necessidade de revolver o solo. O preparo deve ser feito com dessecação de gramíneas, que funcionam como cobertura morta e protege o solo de raios solares, além de facilitar a infiltração da água.
A adubação deve ser feita de acordo com os resultados da análise do solo. Normalmente, são utilizados 300 kg de adubo fórmula 4-20-20 por hectare.
O mais indicado é que a adubação seja feita quando as plantas atingirem 30 a 40 centímetros de altura, usando 150 kg de sulfato de amônio por hectare.
O ponto ideal de colheita é quando os grãos estiverem com teor de umidade entre 14% e 17% para secagem artificial e 13% para secagem natural.
No caso do sorgo para ensilagem, o ponto ideal para colheita é quando a planta atinge o percentual mínimo de 30% de matéria seca.
Para pastejo e fenação, a colheita deve ser feita quando a planta atingir entre 80 cm e um metro de altura, ou após 30 a 40 dias da semeadura.
Quem quiser usar o sorgo para fazer cobertura morta, deve fazer a colheita quando as plantas atingirem a altura mínima de 150 cm.
Apesar de ser uma planta de fácil adaptação, o sorgo é sensível a uma série de doenças. Aqui no Brasil, a mais comum é a antracnose, que pode levar a perdas superiores a 70% da produção.
Além da antracnose, essas são outras doenças que atingem os sorgos:
Além disso, o sorgo também está sujeito a pragas como cupins, lagartas e pulgões. Por isso, é muito importante que o produtor esteja atento à ocorrência desses animais, principalmente porque eles podem atacar em qualquer fase do ciclo de vida da planta.
O sorgo é uma cultura que vem ganhando espaço no Brasil pela facilidade do cultivo e versatilidade.
Para que a produtividade da planta seja a esperada e os resultados do plantio positivos, é importante planejar o plantio, fazer o manejo adequado da cultura e se atentar para o momento ideal para a colheita.
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