Você já ouviu falar em biorremediação? Essa técnica ganha cada vez mais destaque no agronegócio por ser barata, eficaz e sustentável, além de não envolver o uso de produtos químicos para a descontaminação de ambientes.
Quer saber mais sobre o assunto? Continue lendo este artigo! Aqui vamos explicar o conceito de biorremediação, o que é, além de apresentar as principais técnicas e falar sobre as suas vantagens e desvantagens.
Índice
A biorremediação, também chamada de remediação biológica, é uma técnica aplicada com o objetivo de reduzir os impactos ambientais causados pela poluição, descontaminando o ambiente.
A sua principal característica é que ela é feita usando agentes biológicos degradadores, e não produtos químicos.
Para esse processo, podem ser utilizadas enzimas, fungos, leveduras e bactérias. Esses agentes têm a capacidade de neutralizar e remover muitos poluentes tóxicos do meio ambiente, sejam eles orgânicos ou inorgânicos.
Isso acontece porque eles digerem e metabolizam os contaminantes e, assim, liberam água e gás carbônico.
A biorremediação pode utilizar tanto microorganismos do próprio ambiente como culturas geneticamente modificadas para se adaptar a determinadas situações.
A biorremediação pode ser aplicada com uma série de objetivos – todos relacionados à descontaminação do ambiente.
Ela ajuda a remover toxinas de poços, descontaminar o solo, degradar herbicidas e decompor substâncias orgânicas e inorgânicas.
A biorremediação é uma técnica promissora, que vem sendo cada vez mais utilizada na agricultura. A sua maior vantagem é que ela é um processo seguro, que não afeta o ambiente e nem as populações que vivem na região.
Além disso, tem baixo custo, principalmente na comparação com outras formas de tratamento de áreas degradadas.
Por outro lado, esse processo pode ser lento, não sendo o mais indicado para quem deseja mais celeridade na descontaminação.
Outro ponto negativo sobre a biorremediação é que, em alguns casos, trazer microorganismos que não habitam o local pode desencadear um desequilíbrio ecológico.
A biorremediação se baseia em três princípios básicos:
O processo de biorremediação pode ocorrer de duas formas, in situ ou ex situ.
Na biorremediação in situ, o tratamento do material contaminado acontece no próprio local. Dessa forma, não há necessidade de transportar o material, somente os microorganismos.
A principal vantagem deste método é o baixo custo, além da possibilidade de fazer o tratamento em áreas extensas. Entretanto, o processo de descontaminação pode ser mais lento.
Aqui, o tratamento é feito em um local diferente e, por isso, é necessário transportar o material contaminado.
Esse método é mais indicado quando há risco de que a contaminação se propague rapidamente – transportar o material contaminado é uma forma de evitar que isso aconteça.
Dentro de cada tipo de biorremediação se destacam algumas técnicas. A seguir, vamos falar um pouco sobre cada uma delas!
Conheça as técnicas mais utilizadas na biorremediação in-situ!
A descontaminação é feita de forma lenta e é necessário monitorar o local por um longo período. Essa técnica também é chamada de biorremediação passiva ou intrínseca.
Esta técnica introduz microorganismos cultivados dentro do ecossistema contaminado. Assim, acontece a degradação do material contaminante e os microorganismos se transformam em fonte de carbono.
Aqui, o objetivo é estimular a atividade dos microorganismos do solo, normalmente com a adição de nutrientes como fósforo e nitrogênio. Dessa forma, é possível melhorar os parâmetros e corrigir o pH, a umidade e a aeração do solo.
Na fitorremediação são utilizados microorganismos e plantas que aceleram o processo de degradação do material contaminante.
Porém, é preciso que a planta tenha alta capacidade de absorção, boa taxa de crescimento e sistema radicular profundo, além de ser resistente ao contaminante.
Com esta técnica, é acrescentado oxigênio ao solo contaminado, o que estimula o crescimento de microorganismos. Apesar de ser facilmente implementada, a bioventilação não tem grande eficácia em solos de baixa umidade.
Aqui, são aplicados resíduos oleosos com alta concentração de carbono na superfície do solo para a biodegradação microbiana, com adição de fertilizantes, corretivos e microorganismos selecionados.
Para a biorremediação ex-situ, existem duas técnicas.
Normalmente é utilizada para o tratamento do solo contaminado, que é removido do local e colocado em forma de pilhas. Os microorganismos que atuam no processo transformam a poluição em matéria orgânica, água e dióxido de carbono.
Aqui ocorre a utilização de grandes tanques fechados, onde se coloca o solo contaminado misturado com água. Assim, os resíduos sólidos são suspensos e aerados por um sistema de rotação.
O sucesso da biorremediação está ligado a uma série de fatores. Um deles é o conhecimento sobre as condições do ambiente, como a umidade, temperatura, pH, concentração de minerais, entre outras coisas.
Também é importante que os microorganismos utilizados sejam ativos e saudáveis. Por fim, para uma biorremediação eficiente, é importante conhecer as suas técnicas e saber escolher a mais indicada para cada situação.
A biorremediação é um método com bom custo-benefício, sustentável e eficaz. Por isso, a tendência é que continue crescendo no Brasil, um país com áreas extensas e grande produção de alimentos.
Para o seu sucesso, é fundamental que o produtor conheça bem as técnicas e as especificidades da sua fazenda. Dessa forma, poderá fazer sempre boas escolhas e usufruir de todos os benefícios que essa técnica proporciona.
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