O glifosato é um dos agrotóxicos mais consumidos pelos agricultores no Brasil e no mundo, sendo eficiente para o controle de ervas daninhas em diferentes culturas, como milho, soja e trigo.
O herbicida glifosato atua diretamente na inibição de enzimas fundamentais para o desenvolvimento e crescimento dessas plantas invasoras.
Leia o nosso artigo e entenda como funciona e porque esse agrotóxico tornou-se o mais comercializado do mercado. Vem com a gente!
Índice
O glifosato é um herbicida sistêmico muito usado em lavouras do Brasil e do mundo, mas também na jardinagem e silvicultura para controlar as plantas daninhas.
Esse agrotóxico tem uma atuação na inibição da enzima que contribui para o crescimento das plantas, chamada EPSPS, que atua na síntese de aminoácidos aromáticos.
O glifosato faz parte da família dos herbicidas que suspendem a produção de aminoácidos aromáticos, fundamentais para o crescimento das plantas.
Dessa forma, ele atua sobre uma enzima existente em vegetais e microrganismos, conhecida como EPSP sintase, responsável por produzir substâncias essenciais para a planta, como o triptofano, a fenilalanina e a tirosina.
Quando essa passagem é bloqueada, a planta não tem capacidade para produzir proteínas vitais, entrando em colapso metabólico.
Após a aplicação, o herbicida é absorvido pela planta em até 6 horas, distribuindo-se internamente, bloqueando a enzima EPSP, o que compromete funções importantes, diminui a defesa natural da planta, acelerando sua morte.
O glifosato é o herbicida mais utilizado no Brasil, principalmente nas lavouras de soja, milho e algodão, que equivale a mais da metade das vendas dessa categoria.
Ele ganha destaque no mercado porque tem alta eficácia no controle de mais de 160 espécies de plantas daninhas, e seus efeitos podem ser sentidos entre 7 e 14 dias após a aplicação.
Aqui no Brasil ele também é muito usado em rodovias, ferrovias e áreas industriais, já que ele atua como maturador e dessecante em culturas como a cana-de-açúcar.
Somente em 2022, foram comercializados no Brasil 266 mil toneladas de agrotóxicos, com forte presença do glifosato na produção agrícola brasileira.
O glifosato é o agrotóxico mais usado em todo o mundo em razão da sua eficiência, versatilidade e custo reduzido.
Além disso, ele ganhou a preferência dos produtores porque pode ser aplicado em lavouras transgênicas, que incluem a soja e milho, que são culturas mais resistentes ao herbicida, o que possibilita o controle seletivo de ervas daninhas.
Sem contar que ele possui um amplo espectro de ação, extinguindo mais de 160 espécies, incluindo folhas largas e estreitas. O glifosato também é o mais usado porque é o único herbicida que tem atuação sobre a enzima EPSP.
Assim como ocorre com outros herbicidas, o glifosato também pode gerar riscos à saúde humana, mesmo sendo um agrotóxico regulamentado por lei.
A IARC, uma organização ligada à OMS, já classificou esse agrotóxico como “provavelmente cancerígeno”, gerando um grande debate na comunidade.
Contudo, agências como a EFSA, FAO/OMS e Anvisa consideram o glifosato seguro se usado corretamente e em níveis baixos nos alimentos. Dessa forma, o tema continua sendo cercado de discussões entre ciência, saúde pública e interesses comerciais.
Sim, mas é importante ressaltar que há limitações. Mesmo com alternativas sustentáveis, como manejo integrado e agroecologia, a agricultura em larga escala no Brasil ainda depende deste herbicida em razão da sua praticidade, eficiência e custo-benefício.
Nesse sentido, muitos especialistas reforçam a necessidade de uma transição gradual, com incentivo a métodos mais ecológicos. Mesmo sendo viáveis, modelos sem agrotóxicos exigem mudança de práticas, políticas de apoio e maior investimento técnico.
A quantidade de glifosato para 20 litros de água pode variar entre 100 e 200 mL, conforme o tipo de planta daninha, finalidade da aplicação e do produto utilizado.
Por isso, é sempre importante seguir as instruções do fabricante. Lembre-se que o uso inadequado pode gerar riscos à saúde, ao meio ambiente, além de ser ineficaz contra as plantas-alvo.
O glifosato é um herbicida de baixa toxicidade aguda para humanos, porém, sua utilização prolongada e incorreta ainda gera preocupações nas autoridades.
Segundo a Anvisa e outras agências reguladoras, o glifosato é um produto seguro quando aplicado dentro das especificações do fabricante.
Quando usado de forma inadequada, o produto pode provocar irritações na pele, olhos e vias respiratórias. O uso crônico e elevado também pode estar associado a riscos de doenças como câncer, mudanças hormonais e condições neurológicas.
Em animais e meio ambiente, o glifosato pode comprometer microrganismos do solo e organismos aquáticos.
Em situações que envolvem o uso intenso do glifosato, muitas plantas daninhas podem desenvolver resistência ao herbicida. Entre elas, podemos citar as seguintes:
O glifosato é muito usado na agricultura devido a sua eficácia, baixo custo e versatilidade; contudo, é importante sempre seguir as recomendações do fabricante para garantir sua eficiência e evitar riscos à saúde.
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