A tiririca é uma planta conhecida como inimiga dos jardins. E o título pode facilmente se estender também à agricultura.
Ela é uma das 10 plantas daninhas mais agressivas do mundo e tolera temperaturas elevadas, secas, enchentes e diferentes condições de solo. Além disso, algumas espécies também são resistentes a herbicidas, o que torna o seu manejo ainda mais desafiador.
Neste artigo, você vai conhecer melhor a Tiririca e suas espécies, saber como identificá-las e fazer o manejo de forma adequada. Boa leitura!
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Índice
A tiririca é uma planta do gênero Cyperus, existente em muitas espécies. Suas principais características são a sua alta capacidade de reprodução e infestação e seu difícil controle.
Essa planta pode ser encontrada em 92 países e, aqui no Brasil, está presente em todo o território nacional.
A sua infestação pode trazer grandes prejuízos para a lavoura. Isso acontece porque ela compete com a plantação por sol, espaço, água e nutrientes.
A tiririca consegue formar até 40 toneladas de massa vegetal por hectare cada 30 toneladas extraem 815 kg de sulfato de amônio, 320 kg de cloreto de potássio e 200 kg de superfosfato por hectare — números significativos de substâncias que farão falta à cultura original.
Existem muitas espécies da planta tiririca. Cada uma delas tem as suas características físicas, lavouras em que é mais comum e manejo adequado.
Continue lendo para saber mais sobre as diferentes espécies da Tiririca!
Também chamada de junça, junquinho, tiririca-do-brejo e três-quinas, essa espécie de tiririca é uma planta anual, herbácea e ereta. Ela é encontrada principalmente no sul do país e prefere ambientes úmidos ou alagados.
A Cyperus difformis tem um ciclo de vida curto, o que facilita a sua propagação.
Cyperus distans também tem os mesmos apelidos da Cyperus difformis — junça, junquinho ou simplesmente tiririca. Essa espécie é perene e se desenvolve em todas as regiões do Brasil.
As suas folhas saem da base da planta e têm alturas diferentes. No seu ápice, há duas séries com até 10 brácteas.
Também chamada de tiririca mansa ou tiriricão, essa planta herbácea e perene se desenvolve em todo o país. É uma das espécies mais indesejadas de tiririca por causa do seu difícil controle.
Essa espécie é mais conhecida como tiririca-de-três-quinas e também se desenvolve em todo o Brasil.
As folhas da base da planta crescem em número de até 10 e são mais curtas que o eixo da inflorescência — que, por sua vez, é do tipo espiga cilíndrica e tem cor verde-amarelada ou castanha.
Esta espécie de tiririca é uma planta anual, ereta e herbácea, que se desenvolve em todo o território nacional. Ela não tem rizomas, mas tem estruturas capazes de originar perfilhos.
Em sua base, você encontra duas ou três folhas verdes e mais curtas do que o eixo da inflorescência — que tem cor amarelo-ferrugem.
Esta espécie também é conhecida como capim-de-cheiro, chufa, junça, pelo-de-sapo e tiriricão. Se desenvolve principalmente no Sul e Sudeste do país e prefere locais úmidos.
A planta exala um odor agradável e as suas folhas têm tamanhos variados. Algumas chegam a ultrapassar a altura do escapo. Sua reprodução acontece por meio de sementes e fragmentação do rizoma.
O capim-dandá, ou Cyperus rotundus, é uma espécie perene que se desenvolve em todo o Brasil. De todos os tipos de tiririca, este é o mais agressivo.
As folhas da base da planta são menores que o eixo da inflorescência e as flores têm coloração vermelho-ferrugem. Ela se propaga através de sementes, bulbos, tubérculos e rizomas.
A tiririca afeta um número muito grande de culturas, pois se desenvolve em diferentes tipos de solo e clima.
Dentre as mais afetadas, podemos destacar a soja, milho, arroz e cana-de-açúcar. No entanto, a planta pode se desenvolver em muitas outras lavouras. Veja alguns exemplos:
Existem algumas formas de controlar a propagação da tiririca em uma propriedade e a primeira delas é a prevenção. O processo deve ser iniciado ainda na etapa de preparação do solo, que deve ser adubado e verificado cuidadosamente para que não haja ali nenhum rizoma ou ramificação de tiririca.
Outras técnicas utilizadas são a cobertura do solo com palha ou capim seco, limpeza das ferramentas utilizadas e a garantia da qualidade das sementes.
Caso a sua lavoura já esteja infestada, o ideal é fazer o controle químico com herbicidas pré e pós emergentes, para exterminar tubérculos e impedir a formação de novos bulbos.
Alguns herbicidas utilizados para tiririca são Bentazon, Carfentrazone, Ethoxysulfuron, Sulfentrazone e Diclosulam. A escolha vai depender da sua cultura e da espécie de tiririca.
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