A agricultura familiar é a principal responsável pelo abastecimento de alimentos para consumo da população do Brasil.
Seus principais atores são pequenos produtores rurais, assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais, além de pescadores, aquicultores e extrativistas.
A agricultura familiar no Brasil emprega mais de 10 milhões de pessoas, segundo o último Censo Rural, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017. Ou seja, ela tem fundamental importância para a economia do país!
Quer saber mais sobre a agricultura familiar no Brasil e conhecer as suas principais características? Continue lendo este artigo!
Índice
A agricultura familiar é a produção rural gerenciada por uma família e com predominância de mão de obra familiar.
Na legislação brasileira, esse tipo de agricultura é uma atividade econômica prevista na Lei nº 11.326/2006. Segundo o texto, para ser classificado como agricultura familiar um estabelecimento deve cumprir esses requisitos:
Na agricultura familiar, a própria família vive e trabalha na propriedade rural, cultivando alimentos para consumo próprio e também para venda local.
Essa metodologia utiliza mão de obra familiar, pequenas áreas e diversidade de cultivos, contribuindo, assim, para a sustentabilidade e redução do uso de agrotóxicos.
A agricultura familiar é uma modalidade essencial para a economia do Brasil, contando com aproximadamente 3,9 milhões de estabelecimentos, o que representa em torno de 77% de todos os empreendimentos agropecuários no Brasil.
Apesar da sua quantidade expressiva, essas propriedades representam apenas cerca de 23% da área total dos estabelecimentos agrícolas brasileiros. Além disso, o setor familiar emprega cerca de 67% das pessoas ocupadas no campo.
No que tange ao valor bruto da produção agropecuária, essas propriedades familiares respondem por aproximadamente 23% desse valor.
Outro dado relevante é que aproximadamente de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes dependem da agricultura familiar.
A agricultura familiar conecta diretamente com práticas sustentáveis e de preservação ao meio ambiente.
Por atuar em áreas de cultivos menores e sistemas produtivos diversos, esse modelo impede o esgotamento do solo e contribui para a regeneração natural.
O revezamento de culturas, uma prática comum nessas propriedades, ajuda a manter a fertilidade da terra e ampliar a presença de matéria orgânica, assegurando um equilíbrio saudável do ecossistema agrícola.
Outro fator positivo é a utilização reduzida de produtos químicos, principalmente, porque a agricultura familiar costuma priorizar metodologias naturais de controle de pragas e cultivo.
Dessa forma, esse tipo de produção torna-se um exemplo de equilíbrio entre produtividade e preservação ambiental, proporcionando uma convivência mais harmoniosa entre o ser humano e a natureza.
No Brasil, o agronegócio compreende a maior parte das terras usadas na produção rural, concentrando-se em grandes propriedades chamadas de latifúndios.
Diferentemente da agricultura familiar, que investe na diversidade de cultivos, esse método prioriza a monocultura, isto é, o cultivo em larga escala de uma única espécie vegetal.
Em algumas regiões, é comum que em algumas regiões se especializam em um único produto, como soja, milho ou algodão, destinados à exportação e negociados como commodities, amparam boa parte da balança comercial, movimentando cadeias produtivas globais.
Mesmo sendo utilizadas nos mesmos territórios, o agronegócio e a agricultura familiar possuem dinâmicas lógicas distintas, já que o primeiro busca expansão e alta produtividade, enquanto o segundo costuma valorizar o uso equilibrado da terra e a subsistência das famílias produtoras.
O principal objetivo da agricultura familiar é a geração de renda e emprego no campo, garantindo o sustento de milhões de famílias em todas as regiões do país, até mesmo em áreas mais remotas.
Além disso, ela tem ainda o objetivo de tornar mais sustentável a produção rural, por meio da priorização de práticas de baixo impacto ambiental.
Assim, além de contribuir para a preservação do meio ambiente, os agricultores familiares conseguem ainda produzir alimentos orgânicos e de maior qualidade.
A agricultura familiar é um dos variados tipos de agricultura presentes no Brasil. Antes de sabermos mais sobre ele, que tal saber um pouco mais sobre as outras formas de produção?
Lendo até aqui você já entendeu que esse tipo de agricultura é fundamental para o sustento de mais de 10 milhões de pessoas no Brasil.
Muitas famílias vivem da venda de produtos que plantam, tornando a agricultura a sua principal, ou até mesmo a única, fonte de renda.
Mas esse não é o único ponto que torna a agricultura da família tão importante. No Brasil, a produção familiar é responsável por cerca de 70% dos alimentos consumidos pela população em geral.
Sendo assim, esse tipo de produção é essencial para o abastecimento alimentar do país.
Esses são os principais benefícios que a agricultura familiar traz para o país:
A agricultura familiar no Brasil possui características específicas, que são as seguintes:
Entre os produtos da agricultura familiar brasileira:
Os agricultores familiares são pequenos produtores rurais, pescadores, silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores.
Em 2010, povos e comunidades tradicionais também passaram a ser considerados agricultores familiares para efeito da política agrícola.
Hoje, 25 milhões de pessoas são identificadas como povos e comunidades tradicionais, como indígenas, quilombolas, ciganos, povos de terreiro, seringueiros, castanheiros, entre outros.
O agricultor familiar se caracteriza pela prática de atividades rurais que atende aos requisitos que mostramos no início do artigo.
Assim como os demais tipos de agricultura, ela também tem os seus pontos positivos e negativos.
Como pontos positivos, podemos destacar:
E esses são alguns dos pontos negativos:
Hoje em dia, um dos principais desafios da agricultura familiar é o envelhecimento dos chefes de família e o fato de que os mais novos optam por outras atividades fora do domicílio agrícola.
Além disso, a mecanização está, aos poucos, chegando a essas propriedades, assim como a contratação de terceiros para a realização de serviços.
Tudo isso contribui para a diminuição da quantidade de pessoas ocupadas nessas propriedades, principalmente quando se trata de mão de obra familiar — e, como você já sabe, esse é um dos principais critérios para que uma propriedade seja considerada de agricultura de família.
O Brasil é um dos grandes exemplos mundiais de agricultura familiar, tendo essa como a sua principal fonte de abastecimento da população e de geração de renda para mais de 10 milhões de pessoas.
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