Os percevejos são considerados um dos maiores inimigos da lavoura. Por se reproduzirem com facilidade e serem capazes de provocar perdas de até 30% na produtividade, eles são temidos por muitos produtores rurais.
Conhecer as características dessa praga é o primeiro passo para saber identificar uma infestação.
Por isso, preparamos este artigo sobre os principais tipos de percevejos e trazemos também algumas dicas para fazer o controle da praga quando ela for identificada.
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Índice
Percevejos são insetos sugadores, que se alimentam introduzindo o seu aparelho bucal nas fontes nutricionais – na maioria dos casos, as folhas.
Existem muitas famílias e espécies desse inseto e os seus hábitos alimentares são variados. Eles podem ser fitófagos, zoofitófagos, hematófagos ou preparadores.
Os percevejos que mais preocupam os produtos são os fitófagos, que se alimentam de plantas que têm grande importância econômica. Na maioria dos casos, esses insetos se alimentam das sementes dessas plantas, com alto teor de nitrogênio.
A principal característica desse inseto é o seu aparelho bucal, que permite que ele se alimente por meio da sucção.
Mas, além disso, ele tem outras características que chamam atenção. As suas asas são divididas em duas partes: a anterior é mais dura; a posterior, mais flexível.
Os percevejos também têm trombas sugadoras que se curvam para baixo da cabeça, criando um prolongamento na frente dos olhos.
A maioria deles também tem glândulas odoríferas que soltam secreção de odor desagradável e é terrestre – mas também há espécies aquáticas e semiaquáticas.
O ciclo biológico dos percevejos tem quatro fases: ovo, ninfa, larva e vida adulta. O estágio de larva, no entanto, é dividido em outros cinco estágios.
A fase de ninfa dura cerca de 25 dias e, nesse período, elas apresentam manchas distribuídas pelo corpo. A reprodução dos percevejos começa na fase adulta. Eles iniciam a cópula em 10 dias e as primeiras oviposições acontecem depois de 13 dias.
O ciclo de vida dessa praga leva de 50 a 120 dias para se completar e, a depender da região, a quantidade de gerações anuais pode variar de três a seis.
A seguir, você vai saber mais sobre os principais tipos de percevejo que atacam culturas como soja e milho.
O percevejo marrom tem cor marrom escura e abdômen verde. Em seu dorso é encontrada uma mancha amarela em formato de meia-lua e ele tem dois “chifres”.
O percevejo marrom costuma atacar plantações em regiões mais quentes, como o Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil. Geralmente, ele é encontrado em ramos, hastes de plantas e vagens em formação.
O seu período médio de ataque é de 35 dias, o que pode gerar perdas de até 30 kg por hectare por percevejo.
Essa espécie de percevejo apresenta um alto grau de risco para as lavouras, devendo ter o seu manejo feito assim que a infestação for identificada.
A sua principal característica física são as asas pretas, que contrastam com o dorso esverdeado.
Os seus ataques costumam acontecer em períodos mais quentes e eles, normalmente, são encontrados em hastes, ramos e vagens. Como falamos, o seu potencial de dano é alto e eles podem causar perdas de até 30% da lavoura.
Quando adultos, esses percevejos têm cor esverdeada e um risco transversal de cor vermelho escuro.
O seu ataque costuma acontecer em períodos de floração e pode causar grandes lesões às plantas, pois eles liberam enzimas salivares prejudiciais no seu processo de sucção.
Nas fazendas de soja, os ataques do percevejo verde pequeno podem levar até 35 dias e causar perdas de até 73,5 kg por hectare. Quando o manejo não é realizado corretamente, esses percevejos podem viver até 50 dias em culturas de soja.
Esse percevejo tem pornoto prolongado e espinhos no seu dorso, na mesma cor do corpo, os seus ataques acontecem, principalmente, em culturas de milho e podem causar danos graves à produção.
Isso porque, eles injetam toxinas no tecido da planta que podem provocar alterações fisiológicas e até a morte dos vegetais.
As mudanças climáticas são o principal fator da infestação de percevejos em lavouras. Isso porque essas mudanças podem acelerar o ciclo da praga, fazendo com que os insetos atinjam a vida adulta mais rapidamente.
Outra causa comum é a presença de plantas daninhas. Elas são usadas pelos percevejos como hospedeiras e, por isso, o controle desse tipo de vegetal é uma das formas de evitar a infestação de percevejos na sua propriedade.
A eliminação de plantas tigueras também pode ajudar a evitar o surgimento da praga. Assim como as plantas daninhas, os restos de plantas que ficam no solo após a safra também podem ser usados como hospedeiros pelos percevejos.
A identificação precoce é uma das principais armas do produtor no combate aos percevejos. Para isso, é importante fazer o manejo integrado de pragas (MIP).
O produtor que quiser ir além pode também realizar batidas com panos. Esse processo faz com que os insetos caiam nos panos, permitindo uma identificação mais efetiva do que a simples observação.
No entanto, é preciso fazer isso com atenção, já que nem sempre o percevejo cai no tecido.
Quem produz milho deve ficar atento à plantação no final da tarde. Nesse tipo de cultura, esses insetos aproveitam esse horário do dia para sair para se alimentar e proliferar.
Essas são algumas formas de fazer o controle dessa praga:
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