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O pulgão é um dos diversos insetos que podem causar danos a uma lavoura. Esses insetos pequenos se alimentam da seiva e, por isso, podem levar as plantas a estágios graves de desnutrição, além de transmitir outras doenças.
Neste post, você vai conhecer os principais tipos de pulgão e as boas práticas para o manejo dessa praga. Boa leitura!
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Índice
O pulgão (ou afídeo) é um inseto pequeno que se multiplica com facilidade e pode prejudicar o desenvolvimento de uma planta, devido à sucção que faz da sua seiva.
Esses insetos costumam infestar a parte inferior das folhas, mas também podem deixar manchas necrosadas na face superior. Quando sugam a seiva, eles produzem excrementos que cobrem as folhas, deixando as superfícies pegajosas ou cobertas com fumagina — um fungo de coloração escura que dificulta a fotossíntese.
O pulgão pertence à família Aphidoidea e uma de suas principais características é que os indivíduos podem ser esteticamente muito diferentes. Apesar disso, todos são muito pequenos, chegando a, no máximo, 58 mm de comprimento na idade adulta.
O corpo do pulgão tem formato oval e não há uma divisão clara entre cabeça e tronco. A quantidade de antenas varia de quatro a seis, a depender da espécie, e pode haver até três ocelos.
Alguns pulgões têm asas. Quando isso acontece, elas são membranosas e transparentes.
O pulgão se multiplica com facilidade em temperaturas altas e ambientes com baixa precipitação. Por isso, durante o verão e primavera, eles são uma grande preocupação dos produtores rurais.
Existem diversos tipos de pulgão. De forma geral, eles são classificados em monófagos (quando se alimentam de plantas de uma mesma família) e polífagos (quando se alimentam de plantas de diferentes famílias).
A seguir, conheça os principais tipos de pulgão!
Aphis gossypii, conhecido como pulgão algodoeiro, se hospeda em mais de 700 plantas — porém, o algodoeiro é uma de suas preferidas e, por isso, ele é considerado uma das principais pragas dessa lavoura.
Ele tem cerca de 1,3 mm de comprimento e sua cor varia entre o amarelo claro e o verde escuro. O pulgão do algodoeiro costuma viver sob as folhas e brotos novos.
Quando o inseto ataca uma planta, as suas folhas ficam enrugadas, enrugadas ou encarquilhadas. Os brotos ficam deformados e é possível observar a formação de uma substância açucarada, que é o que favorece o aparecimento da fumagina.
Além disso, o pulgão algodoeiro pode transmitir algumas viroses para a planta, como “vermelhão” e “mosaico das nervuras”.
Rhopalosiphum maidis é o pulgão do milho, que ataca a planta principalmente em suas fases mais jovens. Geralmente, ele se aloja no cartucho, mas também pode infestar o pensão e as gemas florais.
Quando a infestação nas folhas é grande os pulgões sugam toda a seiva, fazendo com que murchem. No entanto, a principal preocupação dos produtores em relação ao pulgão do milho é a transmissão do vírus do mosaico.
Sitobion avenae, ou pulgão da espiga, prejudica diversos tipos de lavoura — trigo, centeio, cevada, aveia e uva são alguns exemplos. Os estragos dependem da espécie atacada.
No geral, os danos incluem a diminuição da quantidade de espigas e de grãos por espiga. Além disso, ele é um vetor transmissor do Vírus do Nanismo Amarelo da Cevada (VNAC).
O ciclo biológico do pulgão se inicia com o período ninfal, que varia de 5 a 6 dias. Nesse intervalo de tempo, são verificados 4 ínstares.
O período seguinte é o reprodutivo, que varia de 15 a 23 dias. O pulgão se reproduz por partenogênese telítoca e cada fêmea dá origem a duas, três ou quatro ninfas por dia — totalizando até 48 ninfas.
O último período do ciclo biológico do pulgão é o pós-reprodutivo, que dura de 3 a 4 dias.
Os pulgões causam dois tipos de danos à planta: diretos e indiretos. Os indiretos são aqueles causados por vírus que são transmitidos pelo inseto e pela fumagina.
Já os danos diretos são aqueles causados pelo próprio pulgão, como:
Assim como há uma grande diversidade de pulgões na natureza, há também uma série de medidas que o produtor rural pode tomar para controlar as infestações. Conheça as principais!
A joaninha é o inseto mais usado para fazer o controle biológico do pulgão. Por ser predadora das espécies, ela é introduzida nas lavouras com o objetivo de alcançar o equilíbrio das populações.
A eliminação manual dos insetos é indicada para lavouras menores e feita com a ajuda de um pedaço de algodão embebido em água e álcool. O ideal é repetir o processo a cada semana.
É o controle feito com a aplicação de inseticidas de ação rápida. Esse é o método preferido dos produtores pela facilidade de aplicação e bom custo-benefício.
É preciso, no entanto, tomar alguns cuidados na hora de escolher os produtos que serão utilizados, sempre optando pelos menos agressivos ao ambiente e que facilitem a sobrevivência dos predadores dos pulgões, como as joaninhas.
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