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Fazer o controle de pragas é uma atividade de grande importância na gestão de uma fazenda. Afinal, elas podem causar estragos e trazer prejuízos para o produtor, muitas vezes até inviabilizando o crescimento das plantas.
A mosca branca é uma dessas pragas e é sobre ela que vamos falar neste artigo. Continue a leitura para saber mais sobre o inseto, conhecer os danos causados por ele e conferir as principais técnicas de manejo!
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Índice
A mosca branca é um inseto sugador comum em muitas culturas e em diversas regiões agrícolas do mundo. Ela pode causar danos diretos à planta, seja por meio da sucção da seiva ou pela transmissão de viroses.
Bemisia tabacci é a espécie de mosca branca mais comum e dispersa pelo mundo. Existem mais de 40 biótipos da espécie e, aqui no Brasil, o biótipo B é o predominante.
O inseto adulto tem coloração clara, de cor amarelo-palha e mede de um a dois milímetros. Já o ovo da mosca branca tem formato de pêra e são colocados na parte abaxial das folhas — cada fêmea coloca até 300 ovos durante o seu ciclo de vida.
O ciclo de vida da mosca branca dura de 25 a 30 dias e depende de algumas condições como a temperatura ambiente e a umidade. Ele é dividido em 4 fases:
A fase de ovo dura de 5 a 7 dias. Depois da eclosão das ninfas, elas passam por 4 ínstares até se tornarem adultas. Ainda no primeiro instante elas já se locomovem e começam a se fixar nas folhas para fazer a sucção da seiva das plantas.
O ciclo de desenvolvimento até a idade adulta dura em torno de 20 dias.
Outra característica da mosca branca é que ela se reproduz rapidamente, por isso, é muito importante que o produtor saiba como identificá-la para tomar as providências necessárias o mais rápido possível.
Em ambientes de clima quente e seco os cuidados devem ser redobrados, pois nessas condições o tempo para que um ciclo de desenvolvimento se complete é menor.
A mosca branca se adapta facilmente a sua alimentação a diferentes plantas. Hoje, são conhecidas cerca de 700 espécies que servem como hospedeiras. Confira alguns exemplos:
A mosca branca é uma das pragas mais importantes e é conhecida pela sua capacidade de causar danos significativos à agricultura. Esses danos podem ser diretos ou indiretos.
Tanto as ninfas quanto as moscas adultas podem causar esse tipo de dano à planta. Isso acontece porque elas se alimentam da seiva das plantas e, enquanto isso, injetam algumas toxinas que trazem prejuízo para o seu desenvolvimento.
Assim, tanto a sua capacidade de crescimento como de reprodução diminuem, o que também traz prejuízos para a produtividade da lavoura.
Um dos danos indiretos causados pela mosca branca nas plantas é a formação de fumagina sobre as folhas. As moscas brancas expelem um líquido açucarado nas superfícies, que favorece o crescimento de fungos que formam a fumagina — e isso diminui a área de fotossíntese das folhas, prejudicando o desenvolvimento das plantas.
Entretanto, o dano indireto mais perigoso causado pela mosca branca é a transmissão de vírus. Hoje em dia, são conhecidas mais de 120 espécies de vírus que podem ser transmitidas pelo inseto e cada um deles traz diferentes prejuízos para a lavoura.
Conheça os principais vírus transmitidos pela mosca branca:
Além de todos os danos diretos e indiretos causados pela mosca branca, ela também tem alta capacidade de reprodução e é resistente a inseticidas, o que contribuiu para a proliferação de doenças.
Existem alguns cuidados que podem ser tomados pelo produtor tanto para evitar a infestação como para erradicá-la.
Quanto mais cedo for detectada a presença da praga, mais fácil é o seu controle. Afinal, todas as técnicas de manejo podem ser mais eficazes no começo da infestação.
O monitoramento deve acontecer em todos os ciclos da cultura e pode ser realizado por inspeções frequentes e pela instalação de armadilhas adesivas de coloração amarela.
O controle cultural pode ser feito antes, durante e depois do cultivo. Ele envolve a escolha da área que receberá as plantas, que deve evitar culturas vizinhas hospedeiras e infestadas, a destruição de plantas daninhas, a rotação das culturas e o uso de variedades resistentes às moscas ou aos vírus que elas transmitem.
O controle biológico é aquele que envolve o fornecimento de condições ideais para que insetos benéficos permaneçam naturalmente na área.
A mosca branca tem muitos inimigos naturais, incluindo predadores, parasitóides e entomopatógenos.
mais de 150 espécies de artrópodes são consideradas predadoras da mosca branca. Entre elas, estão a joaninha coleóptera, ácaros da família Phytoseiidae, neuroptera e hemiptera.
São mais de 500 os parasitóides da mosca branca e eles são divididos em 23 gêneros. Encarsia formosa é a espécie mais conhecida de parasitoide de ninfas.
Uma das medidas mais comuns de controle biológico da mosca branca é a inserção do fungo Beauveria bassiana. O Ministério da Agricultura já tem registrados mais de 20 produtos comerciais à base deste entomopatógeno no país. O mais conhecido é o Boveril WP PL63.
O controle químico das moscas brancas envolve o uso de inseticidas registrados e deve ser feito respeitando a rotação de inseticidas com modo de ação distintos.
A mosca branca já é resistente a uma série de produtos, mas você ainda pode usar inseticidas à base de piretróide, tiadiazinona, diamida, cetoenol e neonicotinóide.
A mosca branca é uma das pragas mais importantes do país, causando infestações cada vez mais frequentes. É fundamental que o produtor esteja sempre monitorando a sua plantação para que consiga identificar a presença dessa praga o mais precocemente possível.
Todas as informações sobre a saúde da lavoura e uso de inseticidas e outras técnicas de manejo podem ser armazenadas e organizadas em um software de gestão agrícola, que facilita a vida do produtor e contribui com a tomada de decisão com base em dados.
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